Foi solicitado aos alunos que elaborassem um poema completamente livre. Dos que me entregaram escolhi estes:
Desejo insaciável
Chega o inverno, vais-te embora
Levando contigo o meu desejo
Os dias passam e não vejo a hora
De sentir de novo esse teu beijo
Quando estás para chegar
Aumenta em mim a saudade
Até sinto o peito arfar
Nesta tão louca ansiedade
Ao pensar na tua essência
Cresce-me água na boca
Nessa tua adolescência
Tão quentinha como louca
Para mim és divindade
Não me consigo controlar
No desejo que me invade
Na ânsia de te beijar
Só no verão posso ter
Esse teu sabor delicioso
Para me poder satisfazer
Num vai e vem tão gostoso
Adoro dar-te dentadinhas
Antes de comer-te por completo
Que saudades das pequenas sardinhas
O meu manjar predileto
Por, Mário Santos
___________________________
Eu queria sorrir
Sorri, eu pudesse sempre
Se estivesses ao meu lado
Junto ao meu peito presente
Sentir o teu doce afago!
Sorrir, eu pude um dia
Quando estavas junto a mim
Ouvindo as doces melodias
Na tua voz de cetim...
Sorrir, oh doce alegria!
Se voltares para o meu regaço
A meu lado, noite e dia
Envolvidas em teu abraço
Vem, traz-me o sorriso de novo
Chega com teu grande fulgor
Vem com teu olhar de fogo
Embriagar-me de amor!
Unidos, nós sorriremos
Das desilusões da vida
Nós dois, um só seremos
Iremos de cabeça erguida!
Por, Luciana Rocha
______________________
Canção de estudantes
Nicolau Copérnico esforçou-se muito
Para confirmar a rotação dos planetas
O pateta, só devia embebedar-se
Para nem a sombra da dúvida ter aparecido.
Cristóvão Colombo fez uma viagem perigosa
Para encontrar o novo continente
Era melhor ter encontrado uma cervejaria
Para se sentir satisfeito e contente
Isaac Newton trabalhou como um galego
Para provar a atração dos corpos.
Maluco, devia apenas apaixonar-se
Para que as dúvidas se esfumassem.
Charles Darwin inquietou-se imenso
Para demonstrar a procedência da vida.
Ridículo, só devia casar-se para
nesta experiência, não se sentir perdido.
Leiam e estudem de vez em quando,
Os testes e exames vão passando.
Então, encham os copos dos seus vizinhos,
Apaixonem-se, casem-se e bebam vinhos!
Por, Irina Lyubomirskaya
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
HAICAI/HAIKU
O haicai, conhecido entre os japoneses e em quase todos os países como haiku, é uma modalidade poética originária do Japão, que prima principalmente por sua brevidade, pela clareza e por ser estritamente objetivo. Estes poemas são construídos com apenas três linhas – na primeira e na derradeira aparecem cinco caracteres japoneses, correspondentes as nossas tradicionais sílabas; sete sinais definem o segundo verso.
Fonte: http://www.infoescola.com/literatura/haicais/
Deixo aqui alguns exemplos, elaborados pelos alunos da Oficina da Poesia:
Expetativa
Maravilhoso
Campo de malmequeres
Amor risonho
Enamorados
Mal me quer, Bem me quer
Ternos afagos
Intimidade
Volúpia amorosa
Cores, matizes
Paixão sentida
Brilham as estrelas no Céu
O mundo suspenso!...
Por, Maria de Lurdes Louro Simas
___________________
Os sons da manhã,
Despertam os alegres
trinados das aves
Brotam as flores
Exóticas, perfumando
A manhã quente
A água da nascente
Desce sussurrante
Refrescando o ar
Dormem as águas
tranquilas do lago,
Nascem nenúfares
O rio que desce
Melancólico, busca
O lago outonal
O sol da manhã
Desvanece a neve
Pendente dos ramos
Depois da chuva,
brilham diamantes
Nas gotas que ficam
O sol despertou
Vencendo a neblina,
Floriu a campina
O vento suão
Transforma a campina
Mudando-lhe a cor
Nas noites de junho
Saltando fogueiras
Com risos de fumo
Nas noitesserenas,
Cantam em serenata
Os grilos no pasto.
Por, António Alberto
Fonte: http://www.infoescola.com/literatura/haicais/
Deixo aqui alguns exemplos, elaborados pelos alunos da Oficina da Poesia:
Expetativa
Maravilhoso
Campo de malmequeres
Amor risonho
Enamorados
Mal me quer, Bem me quer
Ternos afagos
Intimidade
Volúpia amorosa
Cores, matizes
Paixão sentida
Brilham as estrelas no Céu
O mundo suspenso!...
Por, Maria de Lurdes Louro Simas
___________________
Os sons da manhã,
Despertam os alegres
trinados das aves
Brotam as flores
Exóticas, perfumando
A manhã quente
A água da nascente
Desce sussurrante
Refrescando o ar
Dormem as águas
tranquilas do lago,
Nascem nenúfares
O rio que desce
Melancólico, busca
O lago outonal
O sol da manhã
Desvanece a neve
Pendente dos ramos
Depois da chuva,
brilham diamantes
Nas gotas que ficam
O sol despertou
Vencendo a neblina,
Floriu a campina
O vento suão
Transforma a campina
Mudando-lhe a cor
Nas noites de junho
Saltando fogueiras
Com risos de fumo
Nas noitesserenas,
Cantam em serenata
Os grilos no pasto.
Por, António Alberto
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