sexta-feira, 10 de novembro de 2017
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
Limerick
Limerick é um poema monostrófico, com origem na Irlanda. Tem em Edward Lear o "seu pai".
É formada por 2 versos maiores, seguidos por 2 menores e encerrado com 1 verso maior. Os maiores rimam entre si, acontecendo o mesmo com os menores. O último verso rima com o primeiro ou termina com a mesma palavra. O tema deverá ser a sátira/galhofa/ironia e deverá sempre ter uma personagem.
Tem mais técnica através do número de sílabas, mas aqui na aula apenas nos centrámos nos versos/tema/personagem.
Deixo aqui um exemplo:
Maria queria pôr dentro da alcofa
Qualquer coisinha doce e fofa
Um Tonyzinho instantâneo
Com corrector momentâneo
Sem parecer troça ou galhofa
Por Anna e Irina
É formada por 2 versos maiores, seguidos por 2 menores e encerrado com 1 verso maior. Os maiores rimam entre si, acontecendo o mesmo com os menores. O último verso rima com o primeiro ou termina com a mesma palavra. O tema deverá ser a sátira/galhofa/ironia e deverá sempre ter uma personagem.
Tem mais técnica através do número de sílabas, mas aqui na aula apenas nos centrámos nos versos/tema/personagem.
Deixo aqui um exemplo:
Maria queria pôr dentro da alcofa
Qualquer coisinha doce e fofa
Um Tonyzinho instantâneo
Com corrector momentâneo
Sem parecer troça ou galhofa
Por Anna e Irina
Citação
Foi dada a citação:
" Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fossemos de ferro"
Foi solicitados aos alunos que escrevessem um poema satírico sobre esta citação.
Deixo-vos alguns trabalhos:
Como se fossemos de ferro
É tão grande a discrepância
Entre o passado e o presente
Que a gente ás vezes sente
Que não tivemos infância
Já poucos dão importância
À honra, à moralidade
Vivem na perversidade
A abusar da confiança
E a gente lá vai andando
Pesada cruz carregando
Neste mundo tão austero
Sem saber como fugir
Fingimos nada sentir
Como se fossemos de ferro
Por, António Alberto
Somos
De tenra idade
Feitos
E é na dura lida
Que ela se endurece
É a forja da vida
Que a tempera
E enrijece
Ás vezes
Somos tão frágeis
Tão já a pó reduzidos
Tão por aí ao Deus dará
Que é um rir pra não chorar
É um fingir
Como defesa ou arremesso
Conveniente se torna então
Fazer de cada escuro dia
Claridade
Candeia que alumia
Que isto de existir
É
Um eterno
Recomeço
Por, Alberto Dias
Estamos em Portugal
Com o look bem cuidado
Mas em money para o uber,
opta por um footing,
apanha o bus
É preciso manter
A lifestyle!
Pega no smartphone
vai à net
faz alguns likes
no face, no twitter...
(Eles merecem!)
Começa,
bastante down,
a googlar alguns sites...
Que stress:
para aliviar,
talvez ao fim da tarde,
um spa...
Ah, não dá!
Mas talvez fique por um
cooking gourmet!
Vai dar um help!
E tu que ouves distraído, perguntas:
Que se passa?
Que língua estranho é essa?
Não te espantes:
é o presente/futuro de Portugal
aprende,
(e de cor)
é uma portuguese teenager
no seu melhor!
Por, Fernanda Matias
" Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fossemos de ferro"
Foi solicitados aos alunos que escrevessem um poema satírico sobre esta citação.
Deixo-vos alguns trabalhos:
Como se fossemos de ferro
É tão grande a discrepância
Entre o passado e o presente
Que a gente ás vezes sente
Que não tivemos infância
Já poucos dão importância
À honra, à moralidade
Vivem na perversidade
A abusar da confiança
E a gente lá vai andando
Pesada cruz carregando
Neste mundo tão austero
Sem saber como fugir
Fingimos nada sentir
Como se fossemos de ferro
Por, António Alberto
Somos
De tenra idade
Feitos
E é na dura lida
Que ela se endurece
É a forja da vida
Que a tempera
E enrijece
Ás vezes
Somos tão frágeis
Tão já a pó reduzidos
Tão por aí ao Deus dará
Que é um rir pra não chorar
É um fingir
Como defesa ou arremesso
Conveniente se torna então
Fazer de cada escuro dia
Claridade
Candeia que alumia
Que isto de existir
É
Um eterno
Recomeço
Por, Alberto Dias
Estamos em Portugal
Com o look bem cuidado
Mas em money para o uber,
opta por um footing,
apanha o bus
É preciso manter
A lifestyle!
Pega no smartphone
vai à net
faz alguns likes
no face, no twitter...
(Eles merecem!)
Começa,
bastante down,
a googlar alguns sites...
Que stress:
para aliviar,
talvez ao fim da tarde,
um spa...
Ah, não dá!
Mas talvez fique por um
cooking gourmet!
Vai dar um help!
E tu que ouves distraído, perguntas:
Que se passa?
Que língua estranho é essa?
Não te espantes:
é o presente/futuro de Portugal
aprende,
(e de cor)
é uma portuguese teenager
no seu melhor!
Por, Fernanda Matias
Poeta - Laurinda Rodrigues
Levei para a aula o livro de Poesia " Vertigens do Ser" de Laurinda Rodrigues.
Foi lido um poema do livro e foi solicitado aos alunos dissessem a primeira palavra que lhes viesse à cabeça e que escrevessem em casa um poema que andasse (à volta) dessa palavra.
Surgiram trabalhos muitos bons, pelo que aqui deixo alguns.
Não quer dizer que os restantes também não o fossem, mas não posso colocar todos...
Felicidade
No meu quintal o mundo começava.
Era grande,
Do tamanho da aldeia onde vivia
lá longe,
Atrás das serra, o mundo acabava.
Era aí que o céu nascia.
Na encosta, o trigo ondulante
fazia-me sonhar com o mar.
Nesse tempo eu tinha tudo
nada me faltava...
A figueira
As pedrinhas da calçada,
havia a mãe...
A certeza de ser amada.
Por Conceição Limão
Simulação
Simulação, fingimento,
Faz de conta , imitação do real;
Por vezes são mentiras com polimento.
Dos factos, ambiente virtual,
Fugaz máscara de Halloween,
Arremedo ridículo de carmim.
Por vezes engano e aparência
De opala, topázio, turmalina,
Camuflada transparência;
Mas, só inventar, imaginar;
Artifício, dissimulação,
P'ra ver o que seria, se fosse...
Uma espécie de agridoce,
Máscara, camuflagem,
De Channel maquilhagem,
Só imaginar, disfarce, aparência,
Com decência.
Porém fingimento poético,
Pleno de sentimento ético;
É transformar matéria em Arte,
Ir e voltar de Marte,
Sonho nascido da emoção;
Simulação!
Por Elmano
Foi lido um poema do livro e foi solicitado aos alunos dissessem a primeira palavra que lhes viesse à cabeça e que escrevessem em casa um poema que andasse (à volta) dessa palavra.
Surgiram trabalhos muitos bons, pelo que aqui deixo alguns.
Não quer dizer que os restantes também não o fossem, mas não posso colocar todos...
Felicidade
No meu quintal o mundo começava.
Era grande,
Do tamanho da aldeia onde vivia
lá longe,
Atrás das serra, o mundo acabava.
Era aí que o céu nascia.
Na encosta, o trigo ondulante
fazia-me sonhar com o mar.
Nesse tempo eu tinha tudo
nada me faltava...
A figueira
As pedrinhas da calçada,
havia a mãe...
A certeza de ser amada.
Por Conceição Limão
Simulação
Simulação, fingimento,
Faz de conta , imitação do real;
Por vezes são mentiras com polimento.
Dos factos, ambiente virtual,
Fugaz máscara de Halloween,
Arremedo ridículo de carmim.
Por vezes engano e aparência
De opala, topázio, turmalina,
Camuflada transparência;
Mas, só inventar, imaginar;
Artifício, dissimulação,
P'ra ver o que seria, se fosse...
Uma espécie de agridoce,
Máscara, camuflagem,
De Channel maquilhagem,
Só imaginar, disfarce, aparência,
Com decência.
Porém fingimento poético,
Pleno de sentimento ético;
É transformar matéria em Arte,
Ir e voltar de Marte,
Sonho nascido da emoção;
Simulação!
Por Elmano
Poetas do mundo
Foi solicitado aos alunos que trouxessem um poeta e um poema do próprio com a única regra, que não fosse português, nem brasileiro.
Deixo aqui exemplos que trouxeram:
- Emily Dickinson
- Pablo Neruda
- Mia Couto
- Victor Jara
- Leonard Cohen
- Victor Hugo
- Golgona Anghel
- Alda Lara
- Lars Forssell
Foi uma aula muito enriquecedora!
Deixo aqui exemplos que trouxeram:
- Emily Dickinson
- Pablo Neruda
- Mia Couto
- Victor Jara
- Leonard Cohen
- Victor Hugo
- Golgona Anghel
- Alda Lara
- Lars Forssell
Foi uma aula muito enriquecedora!
Início do ano lectivo
Começámos o ano com o poeta Evgueni Evtushenco
Poeta Russo, do período literário pós-estalinista da União Soviética e autor de Babi Yar ( 1961), sobre o massacre de quase 34 mil judeus ás mãos dos nazis em Kiev.
Nasceu em Julho de 1932, morrendo em Abril de 2017.
A aluna Irina leu um poema em russo na aula e na semana seguinte trouxe o mesmo poema já traduzido por si mesma que aqui deixo.
Os mistérios
De Evgueni Evtushenco
Os mistérios da adolescência imatura,
desapareceram como neblinas.
Tudo era enigmático na altura,
Plantas, pessoas, Albertos, Albinas.
Eram misteriosas flores, estrelas,
Aves, aviões, tempestades e velas...
O ranger das portas, pareceu pedidos
de ajuda, os adultos não lhes davam ouvidos.
Nós sussurrávamos misteriosamente
E as ondas também sussurravam.
E, como dois enigmas inocentes,
Duas mãos se encontravam.
Surgiam os mistérios novos
Como truques de mágico brilhante
Que os tirava como os ovos
do chapéu gasto mas elegante.
De repente chegou a maturidade,
o mágico sumiu como a imagem da areia,
Ele desinteressou-se da nossa idade
E foi actuar na infância alheia.
E deixou-nos sentir saudades
Da magia das nossas tristezas,
Dos mistérios das tempestades,
dos segredos das estranhezas.
E quando se aproxima uma mão
acariciando carinhosamente,
Já não é um enigma, oh não,
É, apenas a mão, pura e simplesmente.
Conheci e aceitei o paradigma.
Mas ando a repetir o que se deseja:
Deixem-me encontrar um único enigma,
Um mistérios, por mais pequeno que seja.
Poeta Russo, do período literário pós-estalinista da União Soviética e autor de Babi Yar ( 1961), sobre o massacre de quase 34 mil judeus ás mãos dos nazis em Kiev.
Nasceu em Julho de 1932, morrendo em Abril de 2017.
A aluna Irina leu um poema em russo na aula e na semana seguinte trouxe o mesmo poema já traduzido por si mesma que aqui deixo.
Os mistérios
De Evgueni Evtushenco
Os mistérios da adolescência imatura,
desapareceram como neblinas.
Tudo era enigmático na altura,
Plantas, pessoas, Albertos, Albinas.
Eram misteriosas flores, estrelas,
Aves, aviões, tempestades e velas...
O ranger das portas, pareceu pedidos
de ajuda, os adultos não lhes davam ouvidos.
Nós sussurrávamos misteriosamente
E as ondas também sussurravam.
E, como dois enigmas inocentes,
Duas mãos se encontravam.
Surgiam os mistérios novos
Como truques de mágico brilhante
Que os tirava como os ovos
do chapéu gasto mas elegante.
De repente chegou a maturidade,
o mágico sumiu como a imagem da areia,
Ele desinteressou-se da nossa idade
E foi actuar na infância alheia.
E deixou-nos sentir saudades
Da magia das nossas tristezas,
Dos mistérios das tempestades,
dos segredos das estranhezas.
E quando se aproxima uma mão
acariciando carinhosamente,
Já não é um enigma, oh não,
É, apenas a mão, pura e simplesmente.
Conheci e aceitei o paradigma.
Mas ando a repetir o que se deseja:
Deixem-me encontrar um único enigma,
Um mistérios, por mais pequeno que seja.
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