sábado, 24 de dezembro de 2016
domingo, 11 de dezembro de 2016
Poema erótico
Foi lido na aula um poema erótico de Jorge Morais " Nu-banho", na antologia "A poesia nos blogs" (2006) e foi então solicitado aos alunos que escrevesse um poema de tema livre mas que fosse erótico.
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Faz-me
Faz-me
Sonhar contigo
Fazer-te bem
Fazer-te mal
Fundir-me em ti
Beber-te o sal
Sorver-te o mel
Beijar a seda
Da tua pele.
Por, Alberto Dias
_____________________________________
Conta-me
Pediste-me que te contasse
Meus segredos e ficasse
Ciente dos teus desejos
Contei tudo o que guardava
E confesso que esperava
Satisfazer meus ensejos
Vi-te toda arrepiada
A gritar desesperada
Acorda-me os meus sentidos
Sopravas e barafustavas
E toda tu ondeavas
Em convulsões e gemidos
Acedi ao teu pedido
P´ra lambuzar-te o ouvido
E ficaste como louca
Porém não valeu de nada
Tu ficaste lambuzada
E eu sem saliva na boca
Que raio de pedido este
Nem sei bem porque o fizeste
Ou se ficaste satisfeita
Já que a tua perversidade
Só me deixou na verdade
Com a pele e a boca seca.
Por, António Alberto
______________________________________
Em baixo
Eu pus-te em baixo.
Ao lado, ao lado
eu pus-te ao lado.
Em cima, em cima
eu pus-te em cima,
rodei contigo
rodei comigo,
e logo depois
rodámos os dois.
Estás a aquecer...?
Eu estou a tremer...
Mas fiquei queimada,
não dei por isso
não dei por nada,
És cu cu curioso...
És cu cu curiosa...
Meti-te dentro
Ficou gostosa.
Tirei pra fora
naquela hora
dei uma trincada.
Que saborosa...!
Escaldei a boca
como uma louca
sou uma gulosa
Esmaguei-te
que nem uva
Pus-te no pão
Pingos de chuva
Que sensação!
Comemos todos
Há vinho a rodos
É uma festa!
É a cenoura encarnada
É o chouriço bem mexido
É a carne entrelaçada
É o cozido.
Ninguém protesta
Que é comido
Com satisfação
E festejado
Bocado a bocado
sem a pressão
que na panela
se faz sentir
pra te cozer...
É chegado o tempo
de te servir.
Bom apetite!
Vamos curtir!
Vamos comer!
Por, anna netto
José Luis Peixoto
Foi lido na aula a biografia e 3 poemas de José Luis Peixoto e após ter lido o "Arte Poética", solicitei aos alunos que fechassem os olhos e que se lembrassem de um cheiro que lhes despertasse os sentidos e que escrevessem a primeira coisa que lhes viesse à cabeça. E aproveitando essa primeira memória, que a desenvolvessem num poema descritivo desse cheiro...
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O aroma da festa
Não houve Natal na altura do "Comunismo"
Nem quaisquer outras festas religiosas,
Elas foram proibidas completamente.
Houve uma única festa diferente,
A passagem de ano,
Que trazia alegria e libertação da ideologia.
Todas as casas, por mais pobre que fossem,
Enchiam-se do cheiro desta festa.
O aroma foi composto
Pelas duas fragrâncias,
De uma árvore coberta de agulhas,
Que na altura nunca foi sintética,
E das frutinhas redondas,
Amarelas ou cor de laranja,
Raras, na minha terra, e por isso valiosas,
Cascas daquelas frutinhas
Guardavam-se durante muito tempo
Para que o cheiro ajudasse
A manter em casa, o mais tempo possível,
A sensação desta festa,
Singular e muito esperada
Por toda a população do país do "Comunismo"
Por, "Irina Lyubomirskaya
______________________________________
Odores
A casa era térrea.
Grandes espaços a envolviam.
Eu era uma miúda que gostava de observar...
Abri a janela do meu quarto:
Fiquei a olhar a vastidão de terra seca
preenchida por algum restolho...
O verão estava no seu auge. O calor sufocava...
Nada fazia lembrar a chuva,
Mas eis que ela apareceu assim,
De repente, acompanhada por trovões!
Era a trovoada, Dizia a mãe!
Também fazia sol ao redor daquela nuvem cinzenta.
A nuvem escura, depressa desapareceu...
O arco-íris formado, me atraía...
Para mim era um mistério...as cores deslumbrantes
fascinavam-me!
Donde sairia aquele leque de tons maravilhosos?
A chuva depressa passou,
ficando no ar um cheiro intenso a terra molhada,
de tons mais escurecidos...
Era um cheiro forte e activo,
Absorvente e inesquecível seguramente...
Esse odor ficou-me impregnado nos meus sentidos
desde esse dia, ao longo da minha vida...
Esse cheiro a terra molhada, regada, amolecida,
desperta em mim a certeza de mudança,
do ressurgimento de vida nova,
da esperança em novas colheitas...
Por, Luciana Rocha
Texto de Inês Pedrosa
"Toda a gente sabe que um poema é um composto de relâmpagos de linguagem que nos permite quebrar o vidro fosco do tempo e descrever as cores e a vibração das almas. Há quem prefira definir o poeta como aquele que condensa num mínimo de palavras a corrente contínua da experiência, a indefinição da personalidade humana e o choque frontal entre as circunstâncias externas e a temperatura íntima."
Inês Pedrosa,
Poemas de Amor - Antologia da Poesia Portuguesa (2000)
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Foi solicitado aos alunos que interiorizassem este pequeno texto e que escrevessem um poema livre mas enquadrado no mesmo.
Gente que sente
Gente que sente...é gente
É gente que mente
Que sonha
Que ama
É igual a toda a gente
Mas a mão que escreve
De forma ardente
Um canto da mente
É de gente diferente
É de gente
Que sente na alma
O que a gente, nem sente...
Essa gente...
És tu poeta
Que tanto sentes...
Por, Fátima Silva
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Sentimento falado
Se pudesses por um momento
Ler os meus pensamentos,
Os meus silêncios,
As palavras por mim não ditas...
Saberias como a minha alma segue aflita,
Neste mundo imundo,
Onde o certo é incerto,
As memórias cada vez mais apagadas,
A segurança cada vez mais indistinta,
Olho os rostos de quem passa,
E vislumbro uma alegria quase invisível...
Ai se os pudesses ler...
Talvez assim aceitasses,
Todo o amor que nutro por ti.
Por, Mário Santos
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segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Videos do aniversário da Uniseti
Bom dia a todos,
Tal como prometido, deixo-vos aqui os links da declamação dos poemas, no aniversário da Uniseti.
Filmes e fotos gentilmente disponibilizados pela nossa amiga Anna Netto
Espero que gostem ;)
http://unisetifotografiamultim edia.blogspot.pt/2016/11/ oficina-da-poesia-por-anna- netto.html
Tal como prometido, deixo-vos aqui os links da declamação dos poemas, no aniversário da Uniseti.
Filmes e fotos gentilmente disponibilizados pela nossa amiga Anna Netto
Espero que gostem ;)
http://unisetifotografiamultim
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
4º Trabalho - Amordaçada
No trabalho anterior, todos os alunos ficaram livres para construir um poema, desta vez e ainda aproveitando o mesmo mote, foi solicitado que saíssem da sua zona de conforto...Quem tinha escrito um poema livre, teria de aproveitar a mesma ideia mas feito em quadras. Quem tinha apresentado em quadras, que o fizesse em livre (prosa).
Aqui deixo os poemas, desta vez dos mesmos autores, de forma a verificar-se as diferenças:
Não te via há uns meses...
Com a minha distracção, se não fosses tu
a interpelar-me, passaria sem dar por ti
Ainda bem que o fizeste.
Fiquei surpreendida, alegre, mas ao mesmo tempo
reparei o melhor em ti
Verifiquei que o teu rosto não tinha a alegria e serenidade
que te caracterizava.
Soube que tiveste a necessidade de me contar o que
te atormentava, o que te amordaçava, te tirava a alegria
de viver, o sorriso que eu recordava.
Sabia-te forte, impulsiva sim, mas generosa, amiga, disponível
ao seu semelhante.
Era a minha vez de te dar força,
retirar-te dessa angústia que te tolhia o sorriso desse rosto
ainda jovem, agora triste, mas que quando nos separámos
era mais feliz, descontraído e sobretudo sereno...
Vês!...que bom, ver-te novamente com força,
determinada a acreditar em ti
e no futuro que tens à tua frente.
Que bom conversar contigo...
Vai em frente Amiga. Não olhes para trás.
Por, Maria José Rodrigues
Um olhar sobre a vida
Ao olhar a natureza, reparo;
Como é linda a vida!
Com tantas coisas belas
Onde apetece navegar livremente,
Tirando partido dessa beleza.
Deixando o tempo fluir...
Florir nossos caminhos
E percorrê-los a sorrir e a cantar,
O amor e o carinho coabitam dentro de nós,
Vamos emanar felicidade,
Ouvir as ondas do mar,
O chilrear dos passarinhos,
Encantar-nos com a ternura
Do olhar de uma criança, porque,
Se estamos aqui só de passagem,
Vamos aproveitar enquanto podemos!
Por, Mário Santos
Aqui deixo os poemas, desta vez dos mesmos autores, de forma a verificar-se as diferenças:
Não te via há uns meses...
Com a minha distracção, se não fosses tu
a interpelar-me, passaria sem dar por ti
Ainda bem que o fizeste.
Fiquei surpreendida, alegre, mas ao mesmo tempo
reparei o melhor em ti
Verifiquei que o teu rosto não tinha a alegria e serenidade
que te caracterizava.
Soube que tiveste a necessidade de me contar o que
te atormentava, o que te amordaçava, te tirava a alegria
de viver, o sorriso que eu recordava.
Sabia-te forte, impulsiva sim, mas generosa, amiga, disponível
ao seu semelhante.
Era a minha vez de te dar força,
retirar-te dessa angústia que te tolhia o sorriso desse rosto
ainda jovem, agora triste, mas que quando nos separámos
era mais feliz, descontraído e sobretudo sereno...
Vês!...que bom, ver-te novamente com força,
determinada a acreditar em ti
e no futuro que tens à tua frente.
Que bom conversar contigo...
Vai em frente Amiga. Não olhes para trás.
Por, Maria José Rodrigues
Um olhar sobre a vida
Ao olhar a natureza, reparo;
Como é linda a vida!
Com tantas coisas belas
Onde apetece navegar livremente,
Tirando partido dessa beleza.
Deixando o tempo fluir...
Florir nossos caminhos
E percorrê-los a sorrir e a cantar,
O amor e o carinho coabitam dentro de nós,
Vamos emanar felicidade,
Ouvir as ondas do mar,
O chilrear dos passarinhos,
Encantar-nos com a ternura
Do olhar de uma criança, porque,
Se estamos aqui só de passagem,
Vamos aproveitar enquanto podemos!
Por, Mário Santos
3º Trabalho - Amordaçada
Ainda aproveitando mote do trabalho anterior, foi solicitado aos alunos que elaborassem poema positivo que respondesse à negatividade da foto.
Aqui deixo as minhas escolhas:
Não tenhas medo, reage
O mundo não pára, acredita...
Cada criança que nasce
Nos motiva, nos ressuscita
Amordaçada não mais serás
A tua força assim o diz
Desde que queiras, terás...
O teu futuro mais feliz
Vês!... A angústia passou
A calma te inundou
A meta da felicidade
Sempre será a tua verdade
Por, Maria José Rodrigues
Vamos tirar essas mordaça
A vida é linda, vamos aproveitar
Todos sabemos como o tempo passa
Por isso, vamos sorrir, vamos cantar
Vamos a natureza apreciar
Florir os nossos caminhos
Ouvir as ondas do mar
E o chilrear dos passarinhos
Vamos encarar a vida de frente
Liberta esse Amor que tens em ti
Sair com amigos, conhecer nova gente
Por favor, esquece os medos e sorri
Por, Mário Santos
Aqui deixo as minhas escolhas:
Não tenhas medo, reage
O mundo não pára, acredita...
Cada criança que nasce
Nos motiva, nos ressuscita
Amordaçada não mais serás
A tua força assim o diz
Desde que queiras, terás...
O teu futuro mais feliz
Vês!... A angústia passou
A calma te inundou
A meta da felicidade
Sempre será a tua verdade
Por, Maria José Rodrigues
Vamos tirar essas mordaça
A vida é linda, vamos aproveitar
Todos sabemos como o tempo passa
Por isso, vamos sorrir, vamos cantar
Vamos a natureza apreciar
Florir os nossos caminhos
Ouvir as ondas do mar
E o chilrear dos passarinhos
Vamos encarar a vida de frente
Liberta esse Amor que tens em ti
Sair com amigos, conhecer nova gente
Por favor, esquece os medos e sorri
Por, Mário Santos
2º Trabalho - Amordaçada
Deste BrainStorming, ficaram as palavras " Amordaçada", " Angústia" e "Medo".
Perante isto, foi solicitado aos alunos que elaborassem com estas palavras, uma quadra na sala de aula.
Achei interessante as diferenças encontradas entre homens e mulheres em relação à foto, aqui deixo as minhas escolhas:
Livremente amordaçada
Fingindo angústia sem ter
Não há medo que a desvie
Daquilo que quer parecer
Por, António Alberto
Oh! Angústia...
De me sentir amordaçada
Não quero ter medo
Quero libertar-me e ser amada.
Por, Maria de Lurdes Louro
1º Trabalho - Recomeçar
Foi solicitado aos alunos que baseados no poema "Recomeçar" de Carlos Drummond de Andrade, elaborassem um poema em apenas duas quintilhas.
Muitos foram apresentados, no entanto, a minha escolha recai sobre este:
Recomeçar
Recomeçar é condição para viver
Todos temos de o encarar
Logo no acto de nascer
Assim haveremos de continuar
Vida fora até morrer
Pois na contínua caminhada
Há tristeza, dor e decepções
Mas a cada amanhecer é alvorada
Onde urge superar as provações
Recomeçando sempre, a cada derrocada
Por, Virgínia Santos
Muitos foram apresentados, no entanto, a minha escolha recai sobre este:
Recomeçar
Recomeçar é condição para viver
Todos temos de o encarar
Logo no acto de nascer
Assim haveremos de continuar
Vida fora até morrer
Pois na contínua caminhada
Há tristeza, dor e decepções
Mas a cada amanhecer é alvorada
Onde urge superar as provações
Recomeçando sempre, a cada derrocada
Por, Virgínia Santos
domingo, 25 de setembro de 2016
Início do ano lectivo 2016/2017
Olá a todos,
Quero dar as boas vindas a todos os que querem fazer deste ano, um ano de novas experiência poéticas na nossa Oficina da Poesia.
Este, como sabem, é um espaço onde partilhamos a paixão pela Poesia, onde aprendemos alguma técnica poética, e onde descobrimos que podemos escrever tudo e sobre tudo de forma poética.
Espero que gostem e que sintam vontade de aparecer sempre, fazendo desta "aula" uma aula aberta a todos onde "despejamos" as emoções do nosso dia a dia, levando à criação de belos textos poéticos.
Várias surpresas irão acontecer ao longo deste ano!
Conto convosco e podem contar comigo :)
Um bem hajam
Linda
Quero dar as boas vindas a todos os que querem fazer deste ano, um ano de novas experiência poéticas na nossa Oficina da Poesia.
Este, como sabem, é um espaço onde partilhamos a paixão pela Poesia, onde aprendemos alguma técnica poética, e onde descobrimos que podemos escrever tudo e sobre tudo de forma poética.
Espero que gostem e que sintam vontade de aparecer sempre, fazendo desta "aula" uma aula aberta a todos onde "despejamos" as emoções do nosso dia a dia, levando à criação de belos textos poéticos.
Várias surpresas irão acontecer ao longo deste ano!
Conto convosco e podem contar comigo :)
Um bem hajam
Linda
domingo, 29 de maio de 2016
TPC - Definição de "Fazer" um poema
Não é isto ou aquilo
Que define o meu poema
É seiva da vida que flui
Que em sonho tímido conflui
Longe e perto do teorema
É fala musicada e sentida
De tarde fria, adormecida
Meia verdade ou mentira
Desejos de faz de conta
Vai e vem que a voz confira
Acolhimento ou afronta
Encontro comigo mesma
Solidão acompanhada,
Construção do meu poema
Por, Filomena Lopes
Que define o meu poema
É seiva da vida que flui
Que em sonho tímido conflui
Longe e perto do teorema
É fala musicada e sentida
De tarde fria, adormecida
Meia verdade ou mentira
Desejos de faz de conta
Vai e vem que a voz confira
Acolhimento ou afronta
Encontro comigo mesma
Solidão acompanhada,
Construção do meu poema
Por, Filomena Lopes
TPC - Acróstico
Paixão Inquieta
Oh!
Desejo imenso de
Expor este meu
Sentimento, esta
Paixão avassaladora!... Mas o meu
Espírito
Retraído, é incapaz de
Trazê-lo à flor da pele, de
Anunciá-lo!
Rasgo em mim esta
Dor
Atroz! Como
Posso eu
Ofuscar este amor, se
Ele é
Simplesmente
Ilusão e volúpia que me
Atravessa e invade o meu Ser?!
Por, Luciana Rocha
__________________
Ode
Originária dum campo de flores,
Dado o local de nascimento,
Em idílica aldeia pastoril;
Seguiu cedo, o caminho da cristã liturgia,
Permitindo-se ao sofrimento,
Envereda por ínvios caminhos,
Revelando seu primordial intento,
Transfere consigo seu sonho, seua amores.
A Poesia, agarra (comigo) a Alquimía;
Ressurge da Grega Mitologia,
Das Musas e das Ninfas, na Alvorada;
Aludindo a Hipocrene, sua amada...
Prosseguiu sua trilha na cidade,
Onde foi amesquinhada...
Enviesada, simulando seu lirismo,
Sua oculta, sua límpida verdade;
Inicia finalmente seu misticismo:
Acarinhada, reinicia a caminhada...
Por, Manoel Beirão
Oh!
Desejo imenso de
Expor este meu
Sentimento, esta
Paixão avassaladora!... Mas o meu
Espírito
Retraído, é incapaz de
Trazê-lo à flor da pele, de
Anunciá-lo!
Rasgo em mim esta
Dor
Atroz! Como
Posso eu
Ofuscar este amor, se
Ele é
Simplesmente
Ilusão e volúpia que me
Atravessa e invade o meu Ser?!
Por, Luciana Rocha
__________________
Ode
Originária dum campo de flores,
Dado o local de nascimento,
Em idílica aldeia pastoril;
Seguiu cedo, o caminho da cristã liturgia,
Permitindo-se ao sofrimento,
Envereda por ínvios caminhos,
Revelando seu primordial intento,
Transfere consigo seu sonho, seua amores.
A Poesia, agarra (comigo) a Alquimía;
Ressurge da Grega Mitologia,
Das Musas e das Ninfas, na Alvorada;
Aludindo a Hipocrene, sua amada...
Prosseguiu sua trilha na cidade,
Onde foi amesquinhada...
Enviesada, simulando seu lirismo,
Sua oculta, sua límpida verdade;
Inicia finalmente seu misticismo:
Acarinhada, reinicia a caminhada...
Por, Manoel Beirão
segunda-feira, 18 de abril de 2016
TPC - Dança é Poesia... "Amy & Travis *No Audience Noise* - Wicked Game (SYTYCD Top 8) "
Mas que luz é esta
que alimenta o sonho
e transcende a realidade?
Mas que arte é esta
que incendeia o espírito
e transborda felicidade?
Nas asas brancas do Anjo
ao som das trombetas celestiais
esquecidos deles
rodopiam os casais
num movimento sensual
ritmado, num ritual de ternura
um pouco com a voz
um pouco com o sentimento
um pouco por eles
um pouco por nós
em expectativa, atentos
libertam o amor
ao sabor da janela aberta
de encantamentos
e abrem bem os olhos
sem respirar no momento
para que não se adormeça
e a vida aconteça
na terra, mergulhe na magia
da sedução sem a ilusão do êxtase,
levada apenas pela elevação de alma
que na chamada se delicia e deleita
se alimenta e se entrega...
Sempre que um só, seja dois
sempre que a tua felicidade faça a minha
sempre que a minha adivinhe a tua felicidade
e aconteça...
te encontrar
te entontecer
te esperar te surpreender
em conquista permanente
renovada, consciente
do Ser.
Por Anna Netto
_________________________________
Dança
Grande expectativa
Ei-los que surgem
Reluzem, seduzem
A música toca
Dois corpos em movimento
Seguem a música que se insinua
Despertam o encanto
Em movimentos compassados
Combinados
Num contacto intenso
Ora se acalmam
Ora se exaltam
É dança, é arte
Por toda a parte
O sonho alcança o corpo
A beleza explode
A alma flutua
Na sensualidade
De dois corpos em agitação
Que fazem do mundo
Um momento único de paixão
Por, Fátima Silva
domingo, 17 de abril de 2016
TPC - Sylvia Plath
" Se não houver frutos,
Valeu a beleza das flores
Se não houver flores,
Valeu a sombra das folhas...
Senão houver folhas,
Valeu a intenção da semente..."
( Henfil)
A vida é...
A vida é
Indefinível
Surpreendente
Majestosa
Paradoxal!
Um caminho a percorrer
Por vezes na alegria
Outras na dor.
Um mistério a desvendar
É relação universal
Em ecos cósmicos.
Uma dádiva amorosa
Num contínuo renascer.
A vida é
Um milagre a acontecer!
Por, Maria Lurdes Louro
TPC - Gabriela Mistral
Interpretação de poemas de Gabriela Mistral:
Cegueira ou Luz?
Criança que queres viver e ser
E não chegas sequer a crescer!
Mundo cruel ao teu sofrer é indiferente
Cala-te e torna-te cada vez mais impotente.
Os seres celestes enviam mensagens
Em criativas e subtis imagens
Mas os seres humanos, alheios não se tocam
Calam bem fundo as vozes que incomodam!
É um rogo sem resposta e inoperante
Destes seres andantes em expetativa intrigante
Viajam nos sonhos em farrapos e alucinose:
Romperá a luz a anestesia da hipnose?
Humanidade imatura, adormecida, sem ensejo
Cada um por si, cego, roubando sem pejo
Ao seu semelhante a nobreza inerente
E que farei Eu? Seguirei a corrente?
Por, Maria de Lurdes Louro
Cegueira ou Luz?
Criança que queres viver e ser
E não chegas sequer a crescer!
Mundo cruel ao teu sofrer é indiferente
Cala-te e torna-te cada vez mais impotente.
Os seres celestes enviam mensagens
Em criativas e subtis imagens
Mas os seres humanos, alheios não se tocam
Calam bem fundo as vozes que incomodam!
É um rogo sem resposta e inoperante
Destes seres andantes em expetativa intrigante
Viajam nos sonhos em farrapos e alucinose:
Romperá a luz a anestesia da hipnose?
Humanidade imatura, adormecida, sem ensejo
Cada um por si, cego, roubando sem pejo
Ao seu semelhante a nobreza inerente
E que farei Eu? Seguirei a corrente?
Por, Maria de Lurdes Louro
terça-feira, 8 de março de 2016
TPC - Grupos
Os alunos foram divididos em 3 grupos e desafiados a falarem de poesia e de poetas entre si.
Foram criados os grupos:
- Yin &Yang
Falaram sobre António Aleixo, Florbela Espanca e Bocage, referindo as respectivas biografias e declamando alguns poemas dos referidos Poetas.
- Quarteto
Falaram sobre Miguel Torga, Ary dos Santos e Fernando Pessoa, referindo as respectivas biografias e declamando alguns dos seus poemas.
- Terceto
Falaram sobre Ary dos Santos e José Fanha, embora a apresentação deste grupo tenha ficado incompleta devido à falta de presença de uma das colegas que teria de falar sobre Almeida Garret.
Referiram biografias e declamaram alguns poemas dos referidos Poetas.
Obs: Refiro que a apresentação deste trabalho, apesar da referida falta, foi efetuada de forma cuidada e coerente, trazendo biografias sucintas, mostrando trabalho de pesquisa e mostrando uma grande "paixão" nomeadamente por Ary dos Santos.
Foram criados os grupos:
- Yin &Yang
Falaram sobre António Aleixo, Florbela Espanca e Bocage, referindo as respectivas biografias e declamando alguns poemas dos referidos Poetas.
- Quarteto
Falaram sobre Miguel Torga, Ary dos Santos e Fernando Pessoa, referindo as respectivas biografias e declamando alguns dos seus poemas.
- Terceto
Falaram sobre Ary dos Santos e José Fanha, embora a apresentação deste grupo tenha ficado incompleta devido à falta de presença de uma das colegas que teria de falar sobre Almeida Garret.
Referiram biografias e declamaram alguns poemas dos referidos Poetas.
Obs: Refiro que a apresentação deste trabalho, apesar da referida falta, foi efetuada de forma cuidada e coerente, trazendo biografias sucintas, mostrando trabalho de pesquisa e mostrando uma grande "paixão" nomeadamente por Ary dos Santos.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016
TPC - Sonho de criança e resposta do atual adulto a essa mesma criança...
O sonho da criança
Mas que chatice:
Todos no recreio a brincar eu aqui
a pintar! Quem me mandou ser artista!?
Tenho tanta vontade de brincar!
Há...como eles se divertem...
Gostava tanto de ir cantar
naquela roda!
Mas...tenho de acabar estes desenhos!
Também, depois hei-de vê-los ali na parede.
Hão-de ter inveja da minha habilidade.
A resposta do adulto de hoje a essa criança
Pobre criança:
Quão ilusório foi o teu sonho.
Foram tão poucos os degraus que subiste
que nem saíste do rés-do-chão.
Aonde estão agora as tuas pinturas?
Que é feito dos desenhos que a tua
professora exibia com tanta vaidade nas
paredes da sala de aulas?
Nada ficou que te faça recordar.
Quem te inveja agora?Ninguém!...
Não foste mais que o tamanho da tua
insignificância.
Tal como a chama de uma vela se apaga ao
mínimo sopro do vento, assim foi a duração
da tua fama.
Foste o artista que morreu antes de nascer.
Por, António Alberto
Mas que chatice:
Todos no recreio a brincar eu aqui
a pintar! Quem me mandou ser artista!?
Tenho tanta vontade de brincar!
Há...como eles se divertem...
Gostava tanto de ir cantar
naquela roda!
Mas...tenho de acabar estes desenhos!
Também, depois hei-de vê-los ali na parede.
Hão-de ter inveja da minha habilidade.
A resposta do adulto de hoje a essa criança
Pobre criança:
Quão ilusório foi o teu sonho.
Foram tão poucos os degraus que subiste
que nem saíste do rés-do-chão.
Aonde estão agora as tuas pinturas?
Que é feito dos desenhos que a tua
professora exibia com tanta vaidade nas
paredes da sala de aulas?
Nada ficou que te faça recordar.
Quem te inveja agora?Ninguém!...
Não foste mais que o tamanho da tua
insignificância.
Tal como a chama de uma vela se apaga ao
mínimo sopro do vento, assim foi a duração
da tua fama.
Foste o artista que morreu antes de nascer.
Por, António Alberto
domingo, 24 de janeiro de 2016
TPC - 2015 (Reflexão)
2015
Doze badaladas sonantes
Doze segundos palpitantes
Cada segundo uma imagem
Do ano 2015 em passagem
Despeço-me dele reconhecida
Pois deu-me encanto à vida
E algo saudosa suspirei
Por tudo de belo que sonhei
Frente a mim própria chorei
Pelos males que causei
Também pelo sofrimento do mundo
Que em mim entrou bem fundo
Senti especial carinho e atração
Daqueles que moraram no meu coração
Vagabundos, loucos, artistas e poetas
No meu interior em terras secretas
Mil propósitos a escrever
Os meus ideais a vencer
Teimosias perseverantes
Para alcanças metas exuberantes
E 2016 já está a expirar
Com o novo 2016 a entrar
Passado e presente em perfeito encadeamento
A vida a pulsar em mim em cada momento!
Por, Maria de Lurdes louro
Doze badaladas sonantes
Doze segundos palpitantes
Cada segundo uma imagem
Do ano 2015 em passagem
Despeço-me dele reconhecida
Pois deu-me encanto à vida
E algo saudosa suspirei
Por tudo de belo que sonhei
Frente a mim própria chorei
Pelos males que causei
Também pelo sofrimento do mundo
Que em mim entrou bem fundo
Senti especial carinho e atração
Daqueles que moraram no meu coração
Vagabundos, loucos, artistas e poetas
No meu interior em terras secretas
Mil propósitos a escrever
Os meus ideais a vencer
Teimosias perseverantes
Para alcanças metas exuberantes
E 2016 já está a expirar
Com o novo 2016 a entrar
Passado e presente em perfeito encadeamento
A vida a pulsar em mim em cada momento!
Por, Maria de Lurdes louro
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Epopeia
Falámos sobre o género "Epopeia" e a título de desafio, foi solicitado aos alunos que tentassem fazer uma Epopeia com o máximo de ...
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Foi solicitado aos alunos que escrevessem um poema com a técnica da "Rima Interna" Deixo aqui alguns dos exemplos
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Falámos sobre Maria Alece Vieira e foi solicitado aos alunos que fizessem dois poemas com o mesmo tema, mas um para crianças e outro para ad...
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Solicitei á turma que escolhessem uma fotografia e que escrevessem sobre a mesma. Depois de os declamarem em sala de aula, eu, aproveitand...