terça-feira, 30 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
domingo, 21 de dezembro de 2014
TPC - Natal
Natal
Não tenhas medo
Que ainda é cedo
O grito que ouviste
Não é de Jesus
Que há-de morrer na cruz.
É de um menino qualquer
Que não queres conhecer.
Está prestes a morrer
Mas não é problema teu
Porque o menino Jesus
Ainda não nasceu.
O menino que grita
É que se enganou
Gritou antes do tempo
Não esperou pelo Natal
Que tem data certa
E que só desperta
Com o menino Jesus
O tal da cruz
Que vem cheio de uma luz
Que logo se apaga
Porque ao menino que grita
Ninguém afaga
De, Rui Chaves
Não tenhas medo
Que ainda é cedo
O grito que ouviste
Não é de Jesus
Que há-de morrer na cruz.
É de um menino qualquer
Que não queres conhecer.
Está prestes a morrer
Mas não é problema teu
Porque o menino Jesus
Ainda não nasceu.
O menino que grita
É que se enganou
Gritou antes do tempo
Não esperou pelo Natal
Que tem data certa
E que só desperta
Com o menino Jesus
O tal da cruz
Que vem cheio de uma luz
Que logo se apaga
Porque ao menino que grita
Ninguém afaga
De, Rui Chaves
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
TPC - Poema/Texto Narrativo
Vagueando sozinha pela multidão
que invadia as ruas,
resolvi entrar na catedral
onde tudo seria mais calmo.
Na realidade, como tudo era diferente...
respirava conosco a indiferença
do século passado.
Depois de algum tempo,
tateando por ali todo aquele silêncio,
reparei nos típicos cubículos católicos
onde alguém "escutava",
escutaria a voz de outro alguém
e à beira de um deles,
ajoelhava-se uma rapariga
que alheia a tudo o resto
segredava num murmúrio
suas orações.
Saí cá para fora,
o Sol desaparecera,
os pombos recolhiam aos ninhos.
Rios de gente via as montras,
e eu já cansada resolvi sentar-me
num banco de jardim
e adormeci...
De, Idalece
que invadia as ruas,
resolvi entrar na catedral
onde tudo seria mais calmo.
Na realidade, como tudo era diferente...
respirava conosco a indiferença
do século passado.
Depois de algum tempo,
tateando por ali todo aquele silêncio,
reparei nos típicos cubículos católicos
onde alguém "escutava",
escutaria a voz de outro alguém
e à beira de um deles,
ajoelhava-se uma rapariga
que alheia a tudo o resto
segredava num murmúrio
suas orações.
Saí cá para fora,
o Sol desaparecera,
os pombos recolhiam aos ninhos.
Rios de gente via as montras,
e eu já cansada resolvi sentar-me
num banco de jardim
e adormeci...
De, Idalece
TPC - Poema/Texto Narrativo
Uma menina corre campos fora, braços estendidos para o sol e o vento,
seus companheiros de risos e brincadeiras.
Nos riachos e lagos tinha os melhores espelhos
e a vida que neles fervilhava exercia um fascínio sem fim
ao seu olhar atento e durante horas aí se extasiava.
As borboletas eram cuidadosamente apanhadas
com o objetivo de conseguir misturar as suas cores,
porém, tristemente descobria que despidas do pólen por terra
se ficavam e não mais voavam...
Os anos passaram, a menina cresceu e um dia no colégio,
onde uma bolsa de estudo lhe franqueou a entrada,
as suas colegas nascidas e criadas em berços de ouro,
contavam episódios das férias
passadas na praia à beira-mar. Mar, praias,
desconhecidas palavras que rapidamente
se transformaram em sonho e magia.
Ei-la então na biblioteca itinerante que uma vez por semana
parava ao largo do mercado da sua vila.
Durante horas o mundo confinou-se às páginas
que continham descrições mágicas que alimentavam
a sua fantasia e deleitava-se na areia molhada
que o sol beijava.
Os anos seguiram o seu curso e finalmente
o sonho fundiu-se na realidade e lesta
corria beira-mar, uma concha rolava...
um búzio ecoava o ruído das ondas,
essas mesmas que se enrolavam sobre si próprias
para depois estrondosamente fustigarem
a areia que as aguardava queda e mansa
e quão bonita ficava com os flocos
brancos de espuma...
A magia dessa energia que se respira e nos alimenta,
hoje bem mais acessível,
não se perdeu na vida adulta, muito pelo contrário,
transformou-se num templo, onde se reza
e a angustia acalma.
De, Maria Antónia Rosa
seus companheiros de risos e brincadeiras.
Nos riachos e lagos tinha os melhores espelhos
e a vida que neles fervilhava exercia um fascínio sem fim
ao seu olhar atento e durante horas aí se extasiava.
As borboletas eram cuidadosamente apanhadas
com o objetivo de conseguir misturar as suas cores,
porém, tristemente descobria que despidas do pólen por terra
se ficavam e não mais voavam...
Os anos passaram, a menina cresceu e um dia no colégio,
onde uma bolsa de estudo lhe franqueou a entrada,
as suas colegas nascidas e criadas em berços de ouro,
contavam episódios das férias
passadas na praia à beira-mar. Mar, praias,
desconhecidas palavras que rapidamente
se transformaram em sonho e magia.
Ei-la então na biblioteca itinerante que uma vez por semana
parava ao largo do mercado da sua vila.
Durante horas o mundo confinou-se às páginas
que continham descrições mágicas que alimentavam
a sua fantasia e deleitava-se na areia molhada
que o sol beijava.
Os anos seguiram o seu curso e finalmente
o sonho fundiu-se na realidade e lesta
corria beira-mar, uma concha rolava...
um búzio ecoava o ruído das ondas,
essas mesmas que se enrolavam sobre si próprias
para depois estrondosamente fustigarem
a areia que as aguardava queda e mansa
e quão bonita ficava com os flocos
brancos de espuma...
A magia dessa energia que se respira e nos alimenta,
hoje bem mais acessível,
não se perdeu na vida adulta, muito pelo contrário,
transformou-se num templo, onde se reza
e a angustia acalma.
De, Maria Antónia Rosa
TPC - Poema sobre o tema "Felicidade"
À sombra
de uma oliveira
a nudez
tomou-os nos braços
e o amor
prosseguiu seus passos.
A moçoila
abriu-se ao mancebo
e ambos comeram
azeitonas pretas
recolhidas
nos brancos seios
e nos jovens
músculos
que juntos
revolveram
a terra
e nela
criaram sulcos
em que deixaram
seus mucos.
A nudez tomou-os
nos braços.
O amor prosseguiu
seus passos
e a terra recebeu
seus traços.
De, Rui Chaves
de uma oliveira
a nudez
tomou-os nos braços
e o amor
prosseguiu seus passos.
A moçoila
abriu-se ao mancebo
e ambos comeram
azeitonas pretas
recolhidas
nos brancos seios
e nos jovens
músculos
que juntos
revolveram
a terra
e nela
criaram sulcos
em que deixaram
seus mucos.
A nudez tomou-os
nos braços.
O amor prosseguiu
seus passos
e a terra recebeu
seus traços.
De, Rui Chaves
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
TPC - Poema inspirado no tema "Amor e Paixão", baseado na leitura de poemas do escritor João Bernardino
Quis recordar o teu rosto
A suavidade dos beijos,
A ternura que sentíamos,
as alegrias trocadas,
O amor presente!
Pergunto-me porque o faço
pois é tempo acabado
sem futuro, sem nada!
Estiveste tão perto,
Estiveste tão longe!
Procurei, sem te encontrar...
Caminhei suspensa
Revisitando o passado
Revisitando os porquês
e em cada etapa
vi a mulher renascida,
apaixonada, adormecida, iludida!
Sim, vi essa mulher
somente essa mulher...
E tu, onde ficaste?
Tu que foste o amor da minha vida?
Perdi-te! sim
Perdi-te, na subtileza do desgaste
no silêncio e na mansidão dos dias
na amargura da indiferença
no deixa andar consentido...
Sim, procurei sem te encontrar
Sim, talvez por tanto querer esquecer
Me libertei de ti...
De, Constança Brito
A suavidade dos beijos,
A ternura que sentíamos,
as alegrias trocadas,
O amor presente!
Pergunto-me porque o faço
pois é tempo acabado
sem futuro, sem nada!
Estiveste tão perto,
Estiveste tão longe!
Procurei, sem te encontrar...
Caminhei suspensa
Revisitando o passado
Revisitando os porquês
e em cada etapa
vi a mulher renascida,
apaixonada, adormecida, iludida!
Sim, vi essa mulher
somente essa mulher...
E tu, onde ficaste?
Tu que foste o amor da minha vida?
Perdi-te! sim
Perdi-te, na subtileza do desgaste
no silêncio e na mansidão dos dias
na amargura da indiferença
no deixa andar consentido...
Sim, procurei sem te encontrar
Sim, talvez por tanto querer esquecer
Me libertei de ti...
De, Constança Brito
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