domingo, 11 de dezembro de 2016

Poema erótico

Foi lido na aula um poema erótico de Jorge Morais " Nu-banho", na antologia "A poesia nos blogs" (2006) e foi então solicitado aos alunos que escrevesse um poema de tema livre mas que fosse erótico.
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Faz-me

Faz-me 
Sonhar contigo
Fazer-te bem
Fazer-te mal
Fundir-me em ti
Beber-te o sal
Sorver-te o mel
Beijar a seda
Da tua pele.

Por, Alberto Dias

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Conta-me

Pediste-me que te contasse
Meus segredos e ficasse
Ciente dos teus desejos
Contei tudo o que guardava
E confesso que esperava
Satisfazer meus ensejos

Vi-te toda arrepiada
A gritar desesperada
Acorda-me os meus sentidos
Sopravas e barafustavas
E toda tu ondeavas
Em convulsões e gemidos

Acedi ao teu pedido
P´ra lambuzar-te o ouvido
E ficaste como louca
Porém não valeu de nada
Tu ficaste lambuzada
E eu sem saliva na boca

Que raio de pedido este
Nem sei bem porque o fizeste
Ou se ficaste satisfeita
Já que a tua perversidade
Só me deixou na verdade
Com a pele e a boca seca.

Por, António Alberto

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Em baixo
Eu pus-te em baixo.
Ao lado, ao lado
eu pus-te ao lado.
Em cima, em cima
eu pus-te em cima,
rodei contigo
rodei comigo,
e logo depois
rodámos os dois.
Estás a aquecer...?
Eu estou a tremer...
Mas fiquei queimada,
não dei por isso
não dei por nada,
És cu cu curioso...
És cu cu curiosa...
Meti-te dentro
Ficou gostosa.
Tirei pra fora
naquela hora
dei uma trincada.
Que saborosa...!
Escaldei a boca
como uma louca
sou uma gulosa
Esmaguei-te
que nem uva
Pus-te no pão
Pingos de chuva
Que sensação!
Comemos todos
Há vinho a rodos
É uma festa!
É a cenoura encarnada
É o chouriço bem mexido
É a carne entrelaçada
É o cozido.
Ninguém protesta
Que é comido
Com satisfação
E festejado
Bocado a bocado
sem a pressão
que na panela
se faz sentir
pra te cozer...
É chegado o tempo
de te servir.
Bom apetite!
Vamos curtir!
Vamos comer!

Por, anna netto


José Luis Peixoto

Foi lido na aula a biografia e 3 poemas de José Luis Peixoto e após ter lido o "Arte Poética", solicitei aos alunos que fechassem os olhos e que se lembrassem de um cheiro que lhes despertasse os sentidos e que escrevessem a primeira coisa que lhes viesse à cabeça. E aproveitando essa primeira memória, que a desenvolvessem num poema descritivo desse cheiro...
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O aroma da festa

Não houve Natal na altura do "Comunismo"
Nem quaisquer outras festas religiosas,
Elas foram proibidas completamente.
Houve uma única festa diferente,
A passagem de ano,
Que trazia alegria e libertação da ideologia.
Todas as casas, por mais pobre que fossem,
Enchiam-se do cheiro desta festa.
O aroma foi composto
Pelas duas fragrâncias,
De uma árvore coberta de agulhas,
Que na altura nunca foi sintética,
E das frutinhas redondas,
Amarelas ou cor de laranja,
Raras, na minha terra, e por isso valiosas,
Cascas daquelas frutinhas
Guardavam-se durante muito tempo
Para que o cheiro ajudasse
A manter em casa, o mais tempo possível,
A sensação desta festa,
Singular e muito esperada
Por toda a população do país do "Comunismo"


Por, "Irina Lyubomirskaya
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Odores

A casa era térrea.
Grandes espaços a envolviam.
Eu era uma miúda que gostava de observar...
Abri a janela do meu quarto:
Fiquei a olhar a vastidão de terra seca
preenchida por algum restolho...
O verão estava no seu auge. O calor sufocava...
Nada fazia lembrar a chuva,
Mas eis que ela apareceu assim,
De repente, acompanhada por trovões!
Era a trovoada, Dizia a mãe!
Também fazia sol ao redor daquela nuvem cinzenta.
A nuvem escura, depressa desapareceu...
O arco-íris formado, me atraía...
Para mim era um mistério...as cores deslumbrantes
fascinavam-me!
Donde sairia aquele leque de tons maravilhosos?
A chuva depressa passou,
ficando no ar um cheiro intenso a terra molhada,
de tons mais escurecidos...
Era um cheiro forte e activo,
Absorvente e inesquecível seguramente...
Esse odor ficou-me impregnado nos meus sentidos
desde esse dia, ao longo da minha vida...
Esse cheiro a terra molhada, regada, amolecida,
desperta em mim a certeza de mudança,
do ressurgimento de vida nova,
da esperança em novas colheitas...

Por, Luciana Rocha

Texto de Inês Pedrosa

"Toda a gente sabe que um poema é um composto de relâmpagos de linguagem que nos permite quebrar o vidro fosco do tempo e descrever as cores e a vibração das almas. Há quem prefira definir o poeta como aquele que condensa num mínimo de palavras a corrente contínua da experiência, a indefinição da personalidade humana e o choque frontal entre as circunstâncias externas e a temperatura íntima."

Inês Pedrosa,

Poemas de Amor - Antologia da Poesia Portuguesa (2000)

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Foi solicitado aos alunos que interiorizassem este pequeno texto e que escrevessem um poema livre mas enquadrado no mesmo.

Gente que sente

Gente que sente...é gente

É gente que mente
Que sonha
Que ama
É igual a toda a gente

Mas a mão que escreve
De forma ardente
Um canto da mente
É de gente diferente

É de gente
Que sente na alma
O que a gente, nem sente...

Essa gente...

És tu poeta
Que tanto sentes...


Por, Fátima Silva
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Sentimento falado

Se pudesses por um momento
Ler os meus pensamentos,
Os meus silêncios,
As palavras por mim não ditas...
Saberias como a minha alma segue aflita,
Neste mundo imundo,
Onde o certo é incerto,
As memórias cada vez mais apagadas,
A segurança cada vez mais indistinta,
Olho os rostos de quem passa,
E vislumbro uma alegria quase invisível...
Ai se os pudesses ler...
Talvez assim aceitasses,
Todo o amor que nutro por ti.

Por, Mário Santos

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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Videos do aniversário da Uniseti

Bom dia a todos,

Tal como prometido, deixo-vos aqui os links da declamação dos poemas, no aniversário da Uniseti.
Filmes e fotos gentilmente disponibilizados pela nossa amiga Anna Netto

Espero que gostem ;)


http://unisetifotografiamultimedia.blogspot.pt/2016/11/oficina-da-poesia-por-anna-netto.html








segunda-feira, 24 de outubro de 2016

4º Trabalho - Amordaçada

No trabalho anterior, todos os alunos ficaram livres para construir um poema, desta vez e ainda aproveitando o mesmo mote, foi solicitado que saíssem da sua zona de conforto...Quem tinha escrito um poema livre, teria de aproveitar a mesma ideia mas feito em quadras. Quem tinha apresentado em quadras, que o fizesse em livre (prosa).

Aqui deixo os poemas, desta vez dos mesmos autores, de forma a verificar-se as diferenças:

Não te via há uns meses...
Com a minha distracção, se não fosses tu
a interpelar-me, passaria sem dar por ti
Ainda bem que o fizeste.
Fiquei surpreendida, alegre, mas ao mesmo tempo
reparei o melhor em ti

Verifiquei que o teu rosto não tinha a alegria e serenidade
que te caracterizava.
Soube que tiveste a necessidade de me contar o que
te atormentava, o que te amordaçava, te tirava a alegria
de viver, o sorriso que eu recordava.
Sabia-te forte, impulsiva sim, mas generosa, amiga, disponível
ao seu semelhante.
Era a minha vez de te dar força,
retirar-te dessa angústia que te tolhia o sorriso desse rosto
ainda jovem, agora triste, mas que quando nos separámos
era mais feliz, descontraído e sobretudo sereno...
Vês!...que bom, ver-te novamente com força,
determinada a acreditar em ti
e no futuro que tens à tua frente.
Que bom conversar contigo...
Vai em frente Amiga. Não olhes para trás.

Por, Maria José Rodrigues


Um olhar sobre a vida

Ao olhar a natureza, reparo;
Como é linda a vida!
Com tantas coisas belas
Onde apetece navegar livremente,
Tirando partido dessa beleza.
Deixando o tempo fluir...
Florir nossos caminhos
E percorrê-los a sorrir e a cantar,
O amor e o carinho coabitam dentro de nós,
Vamos emanar felicidade,
Ouvir as ondas do mar,
O chilrear dos passarinhos,
Encantar-nos com a ternura
Do olhar de uma criança, porque,
Se estamos aqui só de passagem,
Vamos aproveitar enquanto podemos!

Por, Mário Santos

3º Trabalho - Amordaçada

Ainda aproveitando mote do trabalho anterior, foi solicitado aos alunos que elaborassem poema positivo que respondesse à negatividade da foto.

Aqui deixo as minhas escolhas:

Não tenhas medo, reage
O mundo não pára, acredita...
Cada criança que nasce
Nos motiva, nos ressuscita

Amordaçada não mais serás
A tua força assim o diz
Desde que queiras, terás...
O teu futuro mais feliz

Vês!... A angústia passou
A calma te inundou
A meta da felicidade
Sempre será a tua verdade

Por, Maria José Rodrigues


Vamos tirar essas mordaça
A vida é linda, vamos aproveitar
Todos sabemos como o tempo passa
Por isso, vamos sorrir, vamos cantar

Vamos a natureza apreciar
Florir os nossos caminhos
Ouvir as ondas do mar
E o chilrear dos passarinhos

Vamos encarar a vida de frente
Liberta esse Amor que tens em ti
Sair com amigos, conhecer nova gente
Por favor, esquece os medos e sorri

Por, Mário Santos


2º Trabalho - Amordaçada



Foi apresentado aos alunos a foto aqui fixada, e através de um BrainStorming, foram dadas palavras que a foto lhes despertasse.


Deste BrainStorming, ficaram as palavras " Amordaçada", " Angústia" e "Medo".
Perante isto, foi solicitado aos alunos que elaborassem com estas palavras, uma quadra na sala de aula.


Achei interessante as diferenças encontradas entre homens e mulheres em relação à foto, aqui deixo as minhas escolhas:

Livremente amordaçada
Fingindo angústia sem ter
Não há medo que a desvie
Daquilo que quer parecer

Por, António Alberto

Oh! Angústia...
De me sentir amordaçada
Não quero ter medo
Quero libertar-me e ser amada.

Por, Maria de Lurdes Louro



1º Trabalho - Recomeçar

Foi solicitado aos alunos que baseados no poema "Recomeçar" de Carlos Drummond de Andrade, elaborassem um poema em apenas duas quintilhas.

Muitos foram apresentados, no entanto, a minha escolha recai sobre este:

Recomeçar

Recomeçar é condição para viver
Todos temos de o encarar
Logo no acto de nascer
Assim haveremos de continuar
Vida fora até morrer

Pois na contínua caminhada
Há tristeza, dor e decepções
Mas a cada amanhecer é alvorada
Onde urge superar as provações
Recomeçando sempre, a cada derrocada


Por, Virgínia Santos

domingo, 25 de setembro de 2016

Início do ano lectivo 2016/2017

Olá a todos,

Quero dar as boas vindas a todos os que querem fazer deste ano, um ano de novas experiência poéticas na nossa Oficina da Poesia.

Este, como sabem, é um espaço onde partilhamos a paixão pela Poesia, onde aprendemos alguma técnica poética, e onde descobrimos que podemos escrever tudo e sobre tudo de forma poética.

Espero que gostem e que sintam vontade de aparecer sempre, fazendo desta "aula" uma aula aberta a todos onde "despejamos" as emoções do nosso dia a dia, levando à criação de belos textos poéticos.

Várias surpresas irão acontecer ao longo deste ano!

Conto convosco e podem contar comigo :)

Um bem hajam

Linda

domingo, 29 de maio de 2016

TPC - Definição de "Fazer" um poema

Não é isto ou aquilo
Que define o meu poema

É seiva da vida que flui
Que em sonho tímido conflui
Longe e perto do teorema

É fala musicada e sentida
De tarde fria, adormecida
Meia verdade ou mentira
Desejos de faz de conta
Vai e vem que a voz confira
Acolhimento ou afronta
Encontro comigo mesma
Solidão acompanhada,

Construção do meu poema

Por, Filomena Lopes

TPC - Acróstico

Paixão Inquieta


Oh!

Desejo imenso de
Expor este meu
Sentimento, esta
Paixão avassaladora!... Mas o meu
Espírito
Retraído, é incapaz de
Trazê-lo à flor da pele, de
Anunciá-lo!
Rasgo em mim esta
Dor
Atroz! Como
Posso eu
Ofuscar este amor, se
Ele é
Simplesmente
Ilusão e volúpia que me
Atravessa e invade o meu Ser?!

Por, Luciana Rocha

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Ode

Originária dum campo de flores,

Dado o local de nascimento,
Em idílica aldeia pastoril;
Seguiu cedo, o caminho da cristã liturgia,
Permitindo-se ao sofrimento,
Envereda por ínvios caminhos,
Revelando seu primordial intento,
Transfere consigo seu sonho, seua amores.
A Poesia, agarra (comigo) a Alquimía;
Ressurge da Grega Mitologia,

Das Musas e das Ninfas, na Alvorada;
Aludindo a Hipocrene, sua amada...

Prosseguiu sua trilha na cidade,
Onde foi amesquinhada...
Enviesada, simulando seu lirismo,
Sua oculta, sua límpida verdade;
Inicia finalmente seu misticismo:
Acarinhada, reinicia a caminhada...

Por, Manoel Beirão


segunda-feira, 18 de abril de 2016

TPC - Dança é Poesia... "Amy & Travis *No Audience Noise* - Wicked Game (SYTYCD Top 8) "



Mas que luz é esta
que alimenta o sonho
e transcende a realidade?
Mas que arte é esta
que incendeia o espírito
e transborda felicidade?

Nas asas brancas do Anjo
ao som das trombetas celestiais
esquecidos deles
rodopiam os casais
num movimento sensual
ritmado, num ritual de ternura
um pouco com a voz
um pouco com o sentimento
um pouco por eles
um pouco por nós
em expectativa, atentos
libertam o amor
ao sabor da janela aberta
de encantamentos
e abrem bem os olhos
sem respirar no momento
para que não se adormeça
e a vida aconteça
na terra, mergulhe na magia
da sedução sem a ilusão do êxtase,
levada apenas pela elevação de alma
que na chamada se delicia e deleita
se alimenta e se entrega...
Sempre que um só, seja dois
sempre que a tua felicidade faça a minha
sempre que a minha adivinhe a tua felicidade
e aconteça...
te encontrar
te entontecer
te esperar te surpreender
em conquista permanente
renovada, consciente
do Ser.

Por Anna Netto

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Dança

Grande expectativa
Ei-los que surgem
Reluzem, seduzem
A música toca
Dois corpos em movimento
Seguem a música que se insinua
Despertam o encanto
Em movimentos compassados
Combinados
Num contacto intenso
Ora se acalmam
Ora se exaltam
É dança, é arte
Por toda a parte
O sonho alcança o corpo
A beleza explode
A alma flutua
Na sensualidade
De dois corpos em agitação
Que fazem do mundo
Um momento único de paixão

Por, Fátima Silva

domingo, 17 de abril de 2016

TPC - Sylvia Plath



" Se não houver frutos,
Valeu a beleza das flores
Se não houver flores,
Valeu a sombra das folhas...
Senão houver folhas,
Valeu a intenção da semente..."

( Henfil)


A vida é...


A vida é
Indefinível
Surpreendente
Majestosa
Paradoxal!

Um caminho a percorrer
Por vezes na alegria
Outras na dor.

Um mistério a desvendar 
É relação universal
Em ecos cósmicos.

Uma dádiva amorosa
Num contínuo renascer.

A vida é
Um milagre a acontecer!

Por, Maria Lurdes Louro

TPC - Gabriela Mistral

Interpretação de poemas de Gabriela Mistral:


Cegueira ou Luz?

Criança que queres viver e ser
E não chegas sequer a crescer!
Mundo cruel ao teu sofrer é indiferente
Cala-te e torna-te cada vez mais impotente.

Os seres celestes enviam mensagens
Em criativas e subtis imagens
Mas os seres humanos, alheios não se tocam
Calam bem fundo as vozes que incomodam!

É um rogo sem resposta e inoperante
Destes seres andantes em expetativa intrigante
Viajam nos sonhos em farrapos e alucinose:
Romperá a luz a anestesia da hipnose?

Humanidade imatura, adormecida, sem ensejo
Cada um por si, cego, roubando sem pejo
Ao seu semelhante a nobreza inerente
E que farei Eu? Seguirei a corrente?

Por, Maria de Lurdes Louro

terça-feira, 8 de março de 2016

TPC - Grupos

Os alunos foram divididos em 3 grupos e desafiados a falarem de poesia e de poetas entre si.

Foram criados os grupos:

- Yin &Yang

Falaram sobre António Aleixo, Florbela Espanca e Bocage, referindo as respectivas biografias e declamando alguns poemas dos referidos Poetas.

- Quarteto

Falaram sobre Miguel Torga, Ary dos Santos e Fernando Pessoa, referindo as respectivas biografias e declamando alguns dos seus poemas.


- Terceto

Falaram sobre Ary dos Santos e José Fanha, embora a apresentação deste grupo tenha ficado incompleta devido à falta de presença de uma das colegas que teria de falar sobre Almeida Garret.
Referiram biografias e declamaram alguns poemas dos referidos Poetas.

Obs: Refiro que a apresentação deste trabalho, apesar da referida falta, foi efetuada de forma cuidada e coerente, trazendo biografias sucintas, mostrando trabalho de pesquisa e mostrando uma grande "paixão" nomeadamente por Ary dos Santos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

TPC - Sonho de criança e resposta do atual adulto a essa mesma criança...

O sonho da criança

Mas que chatice:
Todos no recreio a brincar  eu aqui
a pintar! Quem me mandou ser artista!?
Tenho tanta vontade de brincar!
Há...como eles se divertem...
Gostava tanto de ir cantar
naquela roda!
Mas...tenho de acabar estes desenhos!
Também, depois hei-de vê-los ali na parede.
Hão-de ter inveja da minha habilidade.


A resposta do adulto de hoje a essa criança

Pobre criança:
Quão ilusório foi o teu sonho.
Foram tão poucos os degraus que subiste
que nem saíste do rés-do-chão.

Aonde estão agora as tuas pinturas?
Que é feito dos desenhos que a tua
professora exibia com tanta vaidade nas
paredes da sala de aulas?
Nada ficou que te faça recordar.

Quem te inveja agora?Ninguém!...
Não foste mais que o tamanho da tua
insignificância.
Tal como a chama de uma vela se apaga ao
mínimo sopro do vento, assim foi a duração
da tua fama.
Foste o artista que morreu antes de nascer.

Por, António Alberto

domingo, 24 de janeiro de 2016

TPC - 2015 (Reflexão)

2015

Doze badaladas sonantes
Doze segundos palpitantes
Cada segundo uma imagem
Do ano 2015 em passagem

Despeço-me dele reconhecida
Pois deu-me encanto à vida
E algo saudosa suspirei
Por tudo de belo que sonhei

Frente a mim própria chorei
Pelos males que causei
Também pelo sofrimento do mundo
Que em mim entrou bem fundo

Senti especial carinho e atração
Daqueles que moraram no meu coração
Vagabundos, loucos, artistas e poetas
No meu interior em terras secretas

Mil propósitos a escrever
Os meus ideais a vencer
Teimosias perseverantes
Para alcanças metas exuberantes

E 2016 já está a expirar
Com o novo 2016 a entrar
Passado e presente em perfeito encadeamento
A vida a pulsar em mim em cada momento!

Por, Maria de Lurdes louro

Epopeia

Falámos sobre o género "Epopeia" e a título de desafio, foi solicitado aos alunos que tentassem fazer uma Epopeia com o máximo de ...